A Dopamina
Por Ester Gonçalves Vieira
A dopamina é um neurotransmissor, ou seja, uma biomolécula que é liberada na sinapse, que, por sua vez, é a região localizada entre os neurônios, onde acontece a transmissão de impulsos nervosos. Ela faz parte da família das catecolaminas, também conhecidas como aminas biogênicas. Também fazem parte desse grupo a noradrenalina e a adrenalina. Os neurotransmissores dessa família atuam no sistema nervoso central (SNC), modulando as funções de neurotransmissão relacionadas, por exemplo, às emoções, à atenção, ao aprendizado e ao sono.
Composto químico, cujo nome pela IUPAC é 3,4-dihidroxi-feniletanamina e possui fórmula molecular é C8H11NO2.

A dopamina foi sintetizada em laboratório no início do século XX, pelo cientista inglês George Barger (1878-1939). Mais tarde, em 1958, os químicos suecos Arvid Carlsson e Nils-Ake Hillarp, descobriram funções atribuídas a essa substância, sobretudo como um neurotransmissor. Sendo utilizada como alvo terapêutico em distúrbios do sistema nervoso central.
A localização e a atuação dessa substância acontecem pelas vias dopaminérgicas, fazendo com que a dopamina desenvolva diferentes funções no corpo, sendo:
Via mesolímbica: Está relacionada com o reforço e a estimulação, ou seja, a dopamina é enviada quando o indivíduo é exposto a situações de prazer e recompensa.
Via mesocortical: Está relacionada com a atenção, cognição e orientação.
Via nigrostriatal: É a via que contém 80% da dopamina no cérebro e que estimulam os movimentos voluntários, ou seja, locomoção e movimento.
Via tuberoinfundibular: A dopamina regula a prolactina, hormônio relacionado à produção de leite e que também atua no metabolismo, satisfação sexual e sistema imunológico.
É fundamental estabelecer o equilíbrio da biomolécula, uma vez que ela regula funções vitais do corpo humano, importantes tanto para o bem-estar físico quanto o emocional. Determinadas doenças podem se desenvolver devido a mudanças dos níveis de dopamina, sendo necessário tratamento medicamentoso ou tratamentos não farmacológicos.
Os principais sintomas da diminuição de dopamina no organismo são:
câimbras musculares;
tremores;
dores de cabeça e no corpo;
rigidez muscular;
perda de equilíbrio;
dificuldade em mastigar ou engolir;
problemas para dormir ou distúrbios do sono;
indisposição;
falta de concentração;
comprometimento de locomoção e movimento;
sensação de fatiga, desmotivação ou tristeza;
mudanças de humor repentinas.
Para aumentar o nível de dopamina é necessário comer alimentos ricos em tirosina, pois a dopamina é feita a partir do aminoácido tirosina que vem a partir da fenilalanina, com isso irá garantir que tenha os blocos básicos de construção necessários para a produção da dopamina.
Alimentos ricos em tirosina:
Todos os produtos de origem animal;
Maçãs;
Abacate;
Bananas;
Beterrabas;
Café;
Vegetais de folhas verdes;
Chá verde;
Melancia;
Amêndoas;
Feijão;
Farinha de aveia.
Exercício físico, meditar, passatempos manuais, ouvir música, metas e sono de qualidade, também podem aumentar os níveis de dopamina. Melhora o foco, concentração, capacidade de aprender, relaxamento, protege contra o envelhecimento do cérebro e afasta depressão.
Existem suplementos que podem aumentar os níveis de dopamina naturalmente, como:
Curcumina: Relacionada ao alívio das ações obsessivas e melhora da perda de memória associada, ao aumentar a dopamina.
Ginkgo biloba: Tradicionalmente usado para uma variedade de problemas relacionados ao cérebro - falta de concentração, esquecimento, dores de cabeça, fadiga, confusão mental, depressão e ansiedade.
L-teanina: Aumenta os níveis de dopamina, juntamente com outros neurotransmissores serotonina, melhora memória, aprendizagem e humor.
Fosfatidilserina: Atua como "porteiro" do cérebro, regulando nutrientes e resíduos que entram e saem de seu cérebro.
L-tirosina/ l Fenilalanina: Aminoácidos precursores da dopamina que também podem ser manipulados e usados diariamente se necessário.
Mucuna: Para doença de Parkinson, impotência e disfunção erétil, aumentar a testosterona, anabólico e androgênio, fortalecendo os músculos e ajudando a estimular o hormônio do crescimento e ajuda na perda de peso.
Devemos ressaltar que o alto nível pode ser prejudicial e comprometer as ações benéficas no sistema nervoso. O excesso de dopamina geralmente ocorre devido à alteração da quantidade de outros neurotransmissores, a fatores genéticos ou ao abuso de substâncias químicas, especialmente as drogas ilícitas. Pode desenvolver efeitos colaterais, como:
agitação;
ansiedade;
náusea;
hiperatividade;
insônia;
alta energia e libido;
estresse;
ações impulsivas;
agressividade.
Algumas doenças, de problemas motores e neurológicos, estão relacionadas a deficiência de dopamina, como:
Doença de Parkinson: ocorre a degeneração de neurônios dopaminérgicos. Em seu tratamento, são utilizados precursores de dopamina.
Esquizofrenia: linhas de pesquisas sugerem que a esquizofrenia pode ser causada por excesso de dopamina. Assim, um dos tratamentos consiste na utilização de medicamentos que bloqueiam os receptores de dopamina.
Portanto, a dopamina é uma substância essencial para o bom funcionamento do nosso corpo, sendo necessário o seu equilíbrio, a falta e o excesso são prejudiciais. Esse artigo de opinião é importante para a Manner Jr. que é uma empresa que busca conteúdos informativos para a obtenção de conhecimento não apenas dos integrantes, mas para as empresas interessadas em nossos serviços, dando grande importância para a construção do conhecimento. Além disso, a empresa oferece projetos para a minimização, gerenciamento, armazenamento e destinação dos resíduos causados pela produção de medicamentos, como o medicamento para doenças geradas pelas mudanças dos níveis de dopamina. Realizam treinamentos, capacitação e elaboração de documentos que colaboram para com um melhor desempenho organizacional do processo laboratorial da produção de medicamentos pautados nas normas vigentes no Brasil para laboratórios.
Estevinho, M. F.; Soares-Fortunato, JM. Dopamina E Receptores. Revista Portuguesa de Psicossomática, v. 5, n. 1, junho, 2003, p. 21-31. Sociedade Portuguesa de Psicossomática. Porto, Portugal. Disponível em: <https://www.redalyc.org/pdf/287/28750103.pdf>.
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